O que Aconteceu com o Sagrado?
- psimbolom
- 31 de mar.
- 2 min de leitura
Atualizado: 19 de abr.

A humanidade sempre esteve muito próxima dos animais. No início vivíamos num planeta muito selvagem com animais selvagens e, embora hoje a maioria viva em casas e apartamentos e não tenha mais contato direto com eles, em nosso inconsciente eles ainda são portadores de muito ensinamento.
Os lobos, por exemplo, embora a beira da extinção em muitos locais; continuam presentes nos sonhos, na arte, na mitologia e nos cinemas.
Quando tínhamos uma mentalidade mais próxima ao natural (hoje estamos cada vez mais distantes do “natural”), tudo falava com nós.
Quando foi que os ventos deixaram de ser a voz dos deuses trazendo mensagens? Por que os trovões não são mais reverenciados como energizando a terra para fecundar as sementes?
Quando foi que os animais deixaram de ser portadores de uma sabedoria sagrada que podia ser transmitida para nós?
Quando foi que a chuva deixou de ser um referencial para nossa secura interior? Ou para nos falar de nossos transbordamentos internos?
Quando foi que dentro e fora deixaram de estar ligados?
Num mundo onde nada mais é sagrado tudo pode ser explorado, dissecado, descartado. Com a morte do sagrado somos apenas mamíferos esperando nosso momento de morrer.
Mas a morte é inimiga também. Como foi que isso tudo aconteceu?
Se um dia a morte foi uma “medida”; hoje é um fantasma no qual não se pensa, do qual não se fala. “Viva a juventude!” é o mantra da contemporaneidade. Mas então a sociedade que idealiza a juventude nunca teve tantos mortos enquanto em vida. Fala-se em juventude e em vida, mas o cheiro da morte é o perfume do planeta; a visão da morte é o que marca os noticiários e as redes a cada dia.
A morte principal, a que causa estragos por fazer consequência, é a morte da nossa ligação com o sagrado em nós.
Vou dizer algo que talvez poucos compreendam: O dia em que o Segundo Raio Cósmico do Amor/Sabedoria da Fonte, do Todo, for incorporado por cada um de nós no planeta nesse dia a restauração, tanto individual quanto das sociedades, terá início. Porque temos falhado em desenvolver a sensibilidade necessária para absorver, equilibrar e emanar esse raio em nosso modo de ser e em nossas atitudes. O que fica como resultado é o elo quebrado com o sagrado (que é tudo); e um distanciamento tão grande com a própria alma que não é de espantar que estejamos negligenciando a verdade que a Terra, nosso planeta, nossa “casa comum” também tem uma alma.
Sendo assim tanto nossa alma quanto a alma do planeta estão na lama (alma=lama).
Como o cavalo de Atreyu no filme “A História sem Fim I”, a alma está atolada até o pescoço numa areia movediça de ilusões Sem fim que ainda insistimos em alimentar.
A Sabedoria Ancestral é incansável em nos alertar: você e eu somos seres sagrados. Você e eu somos seres com um cérebro superior. Portanto, cabe a nós usá-lo com sabedoria. Precisamos de mais pessoas que vivam o sagrado interno de forma a compreender e sustentar o sagrado do mundo, no mundo, para o maior bem de todos.







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