Almas Intensas que Extravasam: Ozzy Osbourne

Ozzy Osbourne sentado em um sofá avermelhado.

Vivemos como se fôssemos envelhecer.

É mesmo como se crianças não morressem diariamente. É como se pais não enterrassem seus filhos.

Vivemos como se fôssemos importantes demais para partir. Como se tivéssemos que “fazer” alguma coisa antes de morrer.

Vivemos como se a vida fosse nossa para nos apegar.

Estamos aqui em experiência num dos Planos em que a Vida se manifesta. Somos manifestações de um tipo de Vida numa dimensão da Vida Infinita. E o que fazemos?

Tudo o que precisamos fazer é descobrir quem somos - o que somos - em nosso núcleo (Self) e manifestá-lo para honrar a oportunidade que a Vida nos dá. Mas estamos num tipo de vida coletiva que tem por objetivo permitir ou mesmo obrigar a todo tipo de gozo. Gozo ditado pelas regras da Matrix que o topo da pirâmide infiltra com suas propagandas e programas bem estudados.

E assim a maioria entorpece os sentidos para abafar a alma.

Mas há os que têm almas tão intensas que não podem calá-las, mesmo que tentando abrandá-las. Aliás, justamente na busca de abrandamento dão vazão ao que a sociedade não quer ouvir: sofrimento, revolta, a angústia que não quer calar, a sombra; e ao mesmo tempo em alguns, muita genialidade. E fazendo voz aos que não têm forças para dizê-los, fazem-se ponte. E alguns são “ponte” para o Eterno: que depende de nós para continuar a existir.

Em nosso amor os que partiram vivem. Na forma como damos continuidade ao que eles manifestaram; não deixando suas vozes calar. Permitindo que a Vida se manifeste através da alma, que nossa essência vibre, assim é que damos continuidade.

Eles não precisam ser perfeitos. Eles não precisam ser “exemplo” como a sociedade espera. Eles precisam apenas encarnar toda espontaneidade que a alma exige. Eles precisam apenas dar o exemplo de fidelidade ao Self, e assim mostrar as consequências, e assim falar sobre elas. É assim que se fazem inspiração. É assim que deixam sua marca em nossos corações. Esse é um legado que Ozzy Osbourne deixou, foi o que aprendi com ele.