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A Psicanálise Está do Lado do Sujeito

analista ajudando o cliente a desenrolar os pensamentos.

A psicanálise é disruptiva. Entre ficar do lado da sociedade ou do sujeito ela fica ao lado do sujeito. Em que sentido?

Quando nascemos vamos absorvendo o “modus operandi” dos cuidadores, da família. Mais tarde absorvemos a sociedade, a cultura. E a pergunta que fica é: E quem somos nós? Onde está o indivíduo abaixo de todas essas camadas que foram sendo absorvidas?

Pois é aí que entra a psicanálise. Entra para fazer uma travessia com o sujeito, para caminhar junto nessa jornada da busca do “eu”.

A psicanálise não procura enquadrar ninguém nos padrões que a sociedade espera. Por isso a disrupção. Ela está a serviço do eu profundo, do Self que quer se expressar. Mas que para isso precisa de uma estrutura de ego fortalecida.

Então para a psicanálise não existe algo como um comportamento esperado. Quando alguém em análise passa por alguma situação que traz irritação, como derrubar algo pesado no pé; ou derramar leite no fogão e a pessoa diz: “não xinguei, não gritei, não demonstrei minha irritação porque isso é errado.”

 Bem, o que a psicanálise pergunta é: É “errado” para quem? O errado é muito relativo no sentido de: se ao deixar de xingar, ao deixar de expressar o que sentiu isso ficou acumulado e “fez mal”, trouxe desconforto, então o xingar, nesse exemplo, não é ruim. Ao contrário, pode ser a saída para liberar uma energia psíquica e emocional que ficou estagnada causando pressão e desconforto.

O desconforto, principalmente o persistente, nos traz notícias de que há algo barrando o sujeito; ele não está conseguindo ser quem nasceu para ser, por assim dizer. E isso se deve, em grande parte, a sociedade em que vivemos. A sociedade exige adaptação, mas muitas vezes à custa da alma do sujeito.

A psicanálise se coloca ao lado do sujeito fazendo ponte entre este e o Self, seu “núcleo”, sua alma, seu espírito pessoal. Porque somente de posse do espírito pessoal o Ego ganha forças para o sujeito conseguir sustentar quem é.

Afinal, como alguém pode sustentar quem realmente é sem uma estrutura de ego forte e flexível?


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